Conheça – e apóie! – a campanha que pode virar o jogo na questão dos banheiros no Brasil

 

(por Eugênia Rodrigues

Jornalista

Porta-voz da campanha No Corpo Certo)

 

Você talvez não saiba, mas o Supremo Tribunal Federal está prestes a dar uma decisão no Recurso Extraordinário nº 845779. E essa decisão mudará a vida de todas e todos nós, pois pode bater o martelo – ao menos, por ora – no tipo de separação que queremos nos banheiros: por sexo ou por (estereótipos de) “gênero” como vestidos e batom (ou nem isso).

As brasileiras não estão de braços cruzados – embora muitos usem as redes sociais para dizer frases do tipo “e as mulheres não fazem nada…”. Nesta semana, lançaram uma importante frente, suprapartidária e supra religiosa, chamada Frente para a Ampla Proteção dos Espaços de Mulheres e Crianças. Ela já nasce mostrando a que veio – mas você também precisa fazer a sua parte! São passos simples:

 

1 – Apoie a ideia legislativa que visa a separar banheiros por sexo no nosso país.

 

2. Baixe o primeiro vídeo da campanha no formato para redes sociais o compartilhe em suas redes. Publique no seu feed e compartilhe o post no story do Instagram. Peça a seus seguidores e seguidoras para fazerem o mesmo.

 

3 – Baixe o mesmo vídeo em formato para o Whatsapp e também o compartilhe com seus contatos e no status do Whatsapp.

4 – Baixe o adesivo da campanha e o espalhe por aí! Você pode imprimir em folhas de adesivos ou em papel comum. Coloque em postes, “esqueça” em bancos de praça, balcões de lojas, farmácias, hospitais, salões de beleza, escolas, universidades, empresas, igrejas, ônibus, metrô… Pessoalmente, prefiro grudar adesivos apenas em postes já deteriorados, daqueles cheios de adesivos velhos e pichações. Para outros locais, prefiro usar papel comum e fixar com clipes ou fita crepe. 

5 – Siga o perfil da Frente no Instagram e peça para seus seguimores seguirem. Ele contém todos os links e arquivos acima em um Linktree (“árvore” de links). 

Registramos que a nossa campanha já upou o vídeo no Insta e pedimos que você ajude-nos a lutar contra o shadowban (censura imposta pelo “Big Tech) compartilhando esse post no seu story. Um comentário nos vídeos, tanto no perfil da Frente quanto no nosso, também ajuda as publicações a aparecerem mais e conscientizarem mais gente.

Entenda: qualquer homem terá acesso aos banheiros femininos. Qualquer homem poderá por olhos fixos nos genitais dos bebês que estão sendo trocados sobre a pia. E, possivelmente, essa decisão será utilizada como parâmetro para ações que versem outros espaços separados por sexo, como vestiários, leitos hospitalares, hospitais psiquiátricos.

Muita gente ainda se ilude de que existe um grupo de mulheres, chamado de “mulheres trans”, cujo “direito ao banheiro feminino” estaria “sendo negado”. Isso não é verdade. Seres humanos são homens ou mulheres e homens não deveriam ter acesso aos espaços em que estamos com nossas crianças e bebês. Independente de como se vistam, se mudaram ou não seus documentos, amputaram ou não seus membros ou se garantam “se sentir” mulheres. Não somos “um sentimento”.

Há também aqueles que rejeitam a entrada dos “homens de vestido”, mas que defendem que “as verdadeiras trans” deveriam ser autorizadas a entrar. Ainda que admitíssemos a existência de uma categoria chamada “os trans de verdade”, quem decide quem faz parte dele e quem são os oportunistas? Alguém que “pareça mulher” para alguns certamente pode ser visto como um homem muito óbvio para outros e a lei brasileira não obriga, nem seria adequado, alguém a usar determinada roupa, maquiagem ou corte de cabelo para estar num espaço feminino.

Lamentamos que muitos estejam manipulando você para que acredite que negar esse acesso seria um “preconceito”. Negar acesso é proteger o direito das mulheres e de suas crianças. Registramos que também meninos e homens têm direito a espaços separados; mulheres e meninas que se autodeclaram “homens trans” não deveriam estar neles, mesmo que não apresentem riscos à segurança deles.

Há muito que poderíamos dizer sobre esse assunto, mas, dentro do nosso compromisso com dizer a verdade – muito mais importante do que “ser gentil”, “ser inclusivo”, “promover a diversidade”, você sabe o que pensamos. Banheiros femininos são para mulheres e crianças pequenas e é inacreditável que tenhamos que reafirmar o óbvio.