Aqui você encontra livros, artigos acadêmicos e outros materiais utilizados por nós e ou sugeridos por nossos apoiadores e apoiadoras. Esta seção será periodicamente atualizada e contém fontes bastante variadas; nem todas foram lidas e ou refletem integralmente a nossa opinião. Você tem algum material bacana, ético e fundamentado em ciência e fatos para indicar? Manda pra gente clicando na aba “Contato” !
Livros
Transexualidade, de Marco Antônio Coutinho Jorge e Natália Travassos. Este ótimo e didático livro, indicado ao Prêmio Jabuti em 2019, é o primeiro que li em português que questiona o discurso “trans”. Os autores, ambos renomados psicanalistas do Rio de Janeiro, alertam para a relação da ideia de “transexualidade” com a indústria farmacêutica, suas conexões com a homossexualidade e se posicionam criticamente acerca da “mudança de gênero” em crianças e adolescentes.
On your own body – Transgender Children and Young People (No seu próprio corpo – crianças e jovens transgêneros, de Michele Moore e Heather Brunskell-Evans . O primeiro que li dedicado especificamente à “transição de gênero” durante a infância e a adolescência. Há textos de profissionais da área de educação, saúde mental, do pai de uma moça que ainda se autoidentifica como “homem trans” e vários outros, todos ótimos. Ele ganhou uma continuação, que já está à venda.
The transexual empire (O Império Transexual), de Janice Raymond. Acho que esta foi primeira obra que se debruçou longamente e de maneira crítica sobre o fenômeno trans. Publicada em 1979 e reeditada em 1994, continua uma referência. Janice é uma professora universitária norte-americana e ativista pelos direitos de meninas e mulheres que revisou cuidadosamente os “estudos” utilizados para comercializar o “processo transexualizador”. O livro sofre uma censura indireta: está há anos sem ser reeditado e o preço a pagar por um exemplar é alto. Você pode baixá-lo em inglês aqui.
Gender Hurts (Gênero Machuca), de Sheila Jeffreys. Análise atual e lúcida sobre o trangenderismo. Esta professora universitária e feminista anglo-australiana mapeou a verdadeira história da medicina trans, iniciada a partir das políticas eugenistas do século XIX. A obra discorre sobre os múltiplos aspectos do assunto, incluindo os prejuízos da ideia de “identidade de gênero” para os próprios pacientes e para os direitos de meninas e mulheres. Para baixar em PDF, clique aqui e para Dropbox, aqui.
Homens não são de Marte, mulheres não são de Vênus e Testosterona Rex: mitos de sexo, ciência e sociedade, de Cordelia Fine, e Cérebro Gendrado (Gendered Brain), de Gina Rippon. Cordelia e Gina são duas neurocientistas que destróem o mito, difundido desde o século XIX, de que garotas nasceriam com “cérebros femininos” e garotos com “cérebros masculinos”, demonstrando que somos muito mais complexos e influenciados pelo meio do que imaginamos.
The man who would be queen (O homem que queria ser rainha) , de Michael J. Bailey – O psicólogo foi alvo de perseguição e teve até mesmo seus filhos pequenos atingidos ao publicar este livro. Bailey confirmou a teoria de Blanchard sobre autoginefilia e refutou a ideia de que fatores biológicos causariam o que à época era chamado de “transtorno de identidade de gênero”. O professor também escreveu o artigo “O que muitos ativistas transgêneros não querem que você saiba e por que você deveria saber de qualquer forma”.
Gender Dysphoria: A Therapeutic Model for Working with Children, Adolescents and Young Adults (Disforia de gênero: um modelo terapêutico para trabalhar com crianças, adolescentes e jovens adultos), de Evans S. & Evans M. – Susan, enfermeira, e Marcus Evans, psicanalista, são um casal de profissionais de saúde do Reino Unido. Você pode conferir, em português, os motivos de Marcus para abandonar o ambulatório de “identidade de gênero” no qual trabalhou aqui no nosso site.
Meu corpo sou eu! (infanto-juvenil). Finalmente traduzida em português a obra ideal para explicar a crianças e adolescentes que não há nada de errado no corpo delas. A autoria é de Rachel Rooney, as ilustrações de Jessica Ahlberg e a tradução de Andreia Nobre.
Nadie nace en un cuerpo equivocado (Ninguém nasce no corpo errado), de José Errasti e Marino Pérez Álvarez
The female erasure (O apagamento das fêmeas) , com textos de várias autoras e autores. Ótimo e atual livro para compreendermos como as políticas de “identidade de gênero”, ao apagarem ou minimizarem a categoria “sexo”, retiram os direitos do sexo feminino no mundo todo.
Unsporting: How Trans Activism and Science Denial are Destroying Sport (algo como “´Desesporte´ – como o transativismo e a negação da ciência estão destruindo o esporte”), da treinadora Linda Blade e da jornalista Barbara Kay (2021).
Artigos acadêmicos
Críticas aos diagnósticos e à “transição” em menores de idade em geral
“É o transtorno de identidade de gênero em crianças um transtorno mental?” – Critica os critérios do DSM (o guia internacional mais utilizado para diagnósticos na área de saúde mental). Trecho: “A recomendação final é de que, considerando o conhecimento atual, a categoria de diagnóstico TIG [transtorno de identidade de gênero] em crianças, na forma atual, não deveria aparecer nas futuras edições do DSM”.
Desenvolvimento cognitivo e afetivo na adolescência. Trecho: “A capacidade de julgamento, de tomar decisões e a consciência dos riscos e recompensas futuros não amadurece no cérebro humano antes da entrada na casa dos 20”.
Sobre persistência e desistência; historicamente, estudos comprovavam a tendência de crianças e adolescentes de se reconciliarem com sua realidade biológica. Em Transtornos de identidade de gênero na infância e na adolescência, lemos: “Múltiplos estudos longitudinais oferecem evidências de que o comportamento de gênero atípico na infância frequentemente evolui para uma orientação homossexual na vida adulta, mas apenas de 2.5% a 20% dos casos para um transtorno de identidade de gênero persistente”. Mesmo entre crianças que manifestam um alto grau de desconforto com o próprio sexo, incluindo aversão à própria genitália (TIG – transtorno de identidade de gênero em sentido estrito), apenas uma minoria se encaminha para um irreversível desenvolvimento do transexualismo”. Outra sugestão é Resultados psicosexuais em crianças com disforia de gênero – Trecho: “A maioria das crianças com disforia de gênero não permanece disfóricas depois da puberdade. As crianças com GID [“gender identity disorder” ou transtorno de identidade de gênero] persistente se caracterizam por disforia de gênero mais extrema na infância que as crianças que superaram a disforia de gênero. Em relação à orientação sexual, o prognóstico mais provável da GID é homossexualidade ou bissexualidade”. A tendência da disforia de se curar antes da vida adulta é reconhecida também no artigo Questões éticas levantadas pelo tratamento de crianças com variância de gênero pré-púberes, que cita até mesmo pela organização de lobby WPATH. Trecho: “No que diz respeito ao tratamento a crianças, contudo, conforme a World Professional Association for Transgender Health registra nos seus mais recentes Padrões de Tratamento, a disforia de gênero na infância não continua inevitavelmente na vida adulta, e apenas de 6 a 23 por cento dos meninos e 12 a 27 por cento das meninas tratada em clínicas de gênero mostraram persistência de sua disforia de gênero na idade adulta”.
Contudo, isso mudaria a partir do momento em que médicos se autorizaram a fazer intervenções em corpos de menores de idade: imediatamente, profissionais da área começaram a sugerir a chamada “transição social”. A expressão denomina as medidas tomadas para legitimar a ficção de que seres humanos mudam de sexo e que não envolvem a “transição” médica. Na prática, isso consiste em mudar os nomes, pronomes e documentos, bem como adotar estereótipos atribuídos ao sexo oposto (como vestidos e maquiagem para meninos e homens e cabelo curto e bermudas para meninas e mulheres), a fim de sugerir que aquele indivíduo teria mudado de sexo. Um trecho desta produção publicada em 2021, revela que “O estudo de Steensma e outros (51), que encontrou as maiores taxas de persistência, incluiu alguns pacientes que tinham feito uma transição social de gênero parcial ou completa antes da puberdade e essa variável provou ser uma previsão de persistência (veja a Introdução)”.
Recomendamos também a leitura deste e deste artigo do renomado psicólogo Kenneth Zucker; no segundo, fica claro que mudar o nome, impor a presença em espaços separados para o sexo oposto etc. prejudica o processo de aceitação do próprio corpo: “Dos 23 designados machos ao nascer classificados como persistentes, 10 (43%) tinham feito a transição social parcial ou completa antes da puberdade, comparados com apenas 2 (3.6%) dos 56 designados machos ao nascer classificados como desistentes. Portanto, eu trago a hipótese de que conforme mais dados de acompanhamento de crianças que fizeram transição social antes da puberdade estiverem disponíveis, a taxa de persistência será extremamente alta. Isso não é um julgamento de valor — é apenas uma previsão empírica (…) Pais que apóiam, implementam ou encorajam uma transição social de gênero (e médicos que as recomendam) estão implementando um tratamento psicosocial que aumentará as chances de persistência a longo prazo” (grifos nossos).
Encontramos também um estudo acadêmico que questiona radicalmente o que está sendo feito com menores da idade; se chama “Considerações clínicas e éticas no tratamento de crianças e adolescentes disfóricos de gênero: quando fazer menos é ajudar mais”. “Através da análise de protocolos de tratamento recentemente publicados, conclusões de pesquisas e experiência clínica, e guiado pelo princípio ´First, do no harm´ [“Primeiro, não cause dano” ou Princípio da Não Maleficência], o autor argumenta que o uso de intervenções farmacológicas e cirúrgias no tratamento da juventude disfórica, sobretudo à luz do que se sabe sobre a transitoriedade da identificação crossgênera em menores de idade, é errada tanto clinicamente quanto eticamente. Ele também argumenta que a psicoterapia, negligenciada pela maioria dos que advogam por intervenções farmacológicas e cirúrgias, é a melhor opção de tratamento para estes pacientes. O autor elabora algumas das modificações de técnicas psicoterapêuticas com pacientes e seus pais que ele concluiu serem as mais efetivas com esta população“.
Uso de hormônios sintéticos bloqueadores da puberdade com base em diagnósticos de “gênero”:
- Dores do crescimento – problemas com o bloqueio de puberdade no tratamento da disforia de gênero. Artigo escrito por três médicos explicando como funcionam os hormônios bloqueadores de puberdade e rebatendo a ideia de que seriam “seguros e totalmente reversíveis”. Você o encontra traduzido aqui.
- No ano de 2021, após intensa pressão, o ambulatório de “identidade de gênero” britânico Tavistock publicou o impacto do uso de bloqueadores sobre os pacientes. “A grande maioria do coorte iniciou hormônios cruzados (…)”, indicando que, embora profissionais garantam que o uso desses agonistas possa ser interrompido, o que se vê na prática é que as meninas e meninos passam deles para os sintéticos de efeitos permanentes – que eles, talvez, tomem pela vida toda.
- Ainda sobre uso de hormônios bloqueadores da puberdade nas meninas: eles suprimem o estrogênio, um dos hormônios naturais femininos, induzindo efeitos similares aos de uma menopausa precoce. E, de acordo com esta revisão sobre menopausa precoce, ela pode levar “ao risco aumentado da mortalidade em geral, doenças cardiovasculares, doenças neurológicas, psiquiátricas, osteoporose e outras sequelas. O risco de efeitos adversos aumenta conforme a idade da menopausa for menor”.
- Médicos que recomendam hormônios sintéticos bloqueadores de puberdade estão enfraquecendo os ossos dos pequenos pacientes. Este estudo, realizado em 3.887 homens que tomaram esses mesmos hormônios com a finalidade de tratar câncer de próstata, declarou: “Conclusão: os agonistas de GnRH aumentam significativamente o risco de qualquer fratura clínica, fraturas nos quadris e fraturas vertebrais em homens com câncer de próstata”.
- Ganhando tempo ou impedindo o desenvolvimento? O dilema de administrar bloqueadores de puberdade em crianças e adolescentes trans
- Mesmo estudos feitos pelos médicos que utilizam hormônios sintéticos bloqueadores admitem que, quando eles são colocados no caminho hormonal, a tendência é que continuem. Neste estudo, feito por uma das responsáveis pela disseminação dessa prática, Annelou de Vries, ela menciona: “Até agora, pesquisadores dos limitados estudos de acompanhamento depois da supressão da puberdade mostram que a taxa dos adolescentes que param os bloqueadores reversíveis é baixa (1.4%, 1.9%, and 3.5%)”.
“ROGD” (“DGSR”) e aumento de diagnósticos em meninas
- Disforia de gênero de surgimento rápido em adolescentes e jovens adultos: um estudo dos depoimentos das mães e pais. O primeiro a detectar um novo tipo de “disforia de gênero” que atinge sobretudo meninas depois da puberdade e é fortemente influenciado pela mídia e pelo contágio social. Ele foi denominado de “ROGD” (“Rapid Onset Gender Dysphoria” ou “Disforia de Gênero de Surgimento Repentino”). O transativismo pressionou a Universidade de Brown a retirar esta pesquisa da dra. Lisa Littman de seu site.
- Evidência de alteração na proporção entre os sexos nos adolescentes com disforia de gênero encaminhados para tratamento – Estudo acerca do crescimento do número de meninas diagnosticadas com “disforia de gênero”.
- Dois anos dos serviços de identidade de gênero para menores: sobrerepresentação das nascidas meninas com problemas severos no desenvolvimento adolescente. Trecho: “O número de atendimentos excedeu as expectativas à luz do conhecimento epidemiológico. As nascidas meninas estão marcadamente sobre-representadas entre os candidatos. Uma psicopatologia severa precedendo o surgimento da disforia de gênero era comum. Problemas do espectro autista eram muito comuns“.
- Um estudo de acompanhamento de meninas com transtorno de identidade de gênero. Repare que umconsiderável número delas era não-heterossexual, sugerindo que o desconforto com o próprio sexo pode ser resultado da lesbofobia que experimentaram.
Riscos do “binder” (faixa apertada utilizada em meninas e mulheres para esconder os seios)
Impactos na saúde da compressão do peito entre adultos transgêneros: um estudo com a comunidade e cross-seccional – Você conhece os efeitos colaterais do binding, a prática de comprimir os seios com faixas (“binders”) extremamente apertadas?
Risco para autistas
Autistas estão sobre-representados nesta população e, portanto, em maior risco de diagnósticos errôneos e intervenções desnecessárias.
“Autistas e identificação transgênero: implicações para depressão e ansiedade”
Efeitos colaterais e outras consequências a longo prazo da “transição” médica
Sobre suicídios, sugerimos a leitura de “Acompanhamento a longo prazo de pessoas transexuais após redesignação sexual: um estudo de grupo“, acompanhamento esse acontecido na Suécia. Trecho: “Pessoas com transexualismo, após redesignação sexual, têm riscos consideravelmente mais altos de mortalidade, comportamento suicida e morbidade psiquiátrica que a população em geral”. Ou seja, contrariando o que certos ativistas dizem aos pais para apressá-los, é justamente após o “processo transexualizador” que a chance de suicídio aumenta.
No mesmo sentido a pesquisa realizada com todos os 8.263 indivíduos que passaram por uma clínica de “identidade de gênero” em Amsterdã ao longo de 45 anos: de 1972 a 2017, entre adultos, adolescentes e crianças (a Holanda foi pioneira no uso de bloqueadores com base em diagnósticos de “gênero”, o chamado “Protocolo Holandês). Este estudo investigou, especificamente, os casos de suicídios que se consumaram e o resultado foi de que “o risco de suicídio em pessoas transgênero é mais alto que o da população em geral e parece acontecer em todos os estágios da transição” (grifos nossos)
Outros problemas causados pelo uso de testosterona em meninas e mulheres:
- Engrossamento definitivo da voz, de acordo com o estudo “Voz e endocrinologia”, que concluiu: “O uso a longo prazo de andróginos pode ter efeitos permanentes na voz feminina. A hormonioterapia resulta em um significativo engrossamento da frequência fundamental, rouquidão da voz e dificuldade em projetar a voz e em cantar”
- Acne severa
- Calvície: este estudo conclui que “a testosterona induziu alopécia androgênica (AGA) em quase dois terços dos homens trans”.
- Problemas na respiração e no sono; ainda que esse estudo não tenha conseguido concluir se foi pela aplicação de testosterona ou pela supressão dos hormônios femininos.
- Aumento da pressão intracraniana;
- Aumento da eritrocitose (glóbulos vermelhos no sangue), o que aumenta o risco de trombose. Isso foi demonstrado em um estudo a longo prazo (20 anos) e com uma grande quantidade de pacientes (1.073). Concluiu-se que “A eritrocitose acontece em homens trans usando testosterona. O aumento maior foi visto no primeiro ano, masmesmo depois dos primeiros anos um número substancial de pessoas apresenta hematócrito >0.50 L/L”.
Destransição
Uma análise temática da experiência e do desenvolvimento dos destransicionados (e vale a pena ler o comentário sobre esse artigo publicado na Genspect, a rede internacional da qual fazemos parte).
Outros tópicos:
A epidemia transexual: histeria na era da ciência e da globalização?. Dos mesmos psicanalistas que escreveram “Transexualidade”: Marco Antônio Coutinho Jorge e Natália Travassos. Trecho: “Hoje, a gravidade dessa situação está ainda mais alarmante, uma vez que crianças muito pequenas passaram a receber o diagnóstico de transexualidade não só da medicina como dos próprios pais. A novidade agora é que a mera indagação ou afirmação de uma criança de pertencer ao sexo oposto passa a ser lida por pais e médicos como sinal de transexualidade, ensejando o início precoce de tratamentos hormonais e a previsão futura de cirurgias de transformação corporal”.
O início do conceito de autoginefilia. Em 1989, o psicólogo Ray Blanchard percebeu que seus pacientes homens diagnosticados com “transexualismo” se dividiam em dois grupos: homossexuais e não-homossexuais. Os homossexuais formavam o grupo maior, tinham crescido como um meninos “afeminados” e se descobriram gays ainda jovens [possivelmente buscando o “processo transexualizador” como fuga da homofobia]. Já os não-homossexuais haviam crescido como homens padrão, inclusive se relacionando com mulheres, e começaram a se “ver como mulheres” depois dos 40 anos. Blanchard cunhou, para este grupo, o termo autoginefilia (“auto” significa “eu mesmo”, “gine”, mulher e “filia” é atração), ou seja, o autoginefílico se atrai pela ideia de ver a si mesmo como uma mulher, muitas vezes após algum tempo praticando cross-dressing. São tênues os limites entre autoginefilia, cross-dressing, travestismo e fetiche sexual. Blanchard foi bastante perseguido por desafiar o clichê de “mulheres presas em corpos em homens”, mas sua tese foi confirmada expressamente por Anne Lawrence, transexual do tipo autoginefílico.
O cérebro, o sexo e a ideologia nas neurociências
O caso Dolezal: raça, gênero e as micropolíticas de identidade
Artigo sobre possíveis efeitos no DNA das substâncias administradas nesta população.
Leis, normas e documentos médicos
Portaria nº 2802/2013 – A principal portaria do Ministério da Saúde acerca do “processo transexualizador”. Obriga o SUS a financiá-lo e prevê a idade mínima de 18 anos para os hormônios artificiais e 21 para as cirurgias irreversíveis. Parte de uma visão medicalizadora.
Parecer do Conselho Federal de Medicina nº 8/2013 – Mesmo registrando as posições discordantes, o CFM opinou favoravelmente à aplicação de hormônios artificiais em crianças e adolescentes abaixo dos 18 anos. O Parecer não é uma “posição oficial” dos médicos e médicas do país e nós o analisamos aqui.
Guia sobre “Disforia de Gênero” da Sociedade Brasileira de Pediatria O documento foi elaborado por um pequeno grupo e não pelo conjunto de pediatras brasileiros. Apresenta diversos problemas e boa parte deles pontuamos no nosso canal de Youtube (parte 1 e parte 2).
Projeto de Lei Federal João Nery – Lei de Identidade de Gênero Arquivado. O projeto visava a legalizar a ideia de “identidade de gênero”: a de que homens e mulheres seriam autopercepções subjetivas e não (ou não só) classes reais de seres humanos formadas a partir do sexo biológico. Ele também previa intervenções médicas e mudança de nome e “sexo” nos documentos de menores de 18 anos, sem fixar idade mínima, e isso valeria até mesmo contra a vontade dos pais e responsáveis! Veja: “§1° Quando, por qualquer razão, seja negado ou não seja possível obter o consentimento de algum/a dos/as representante/s do adolescente, ele poderá recorrer a assistência da Defensoria Pública“. Veja nosso vídeo sobre esse projeto.
Resolução do Conselho Federal de Psicologia nº 1/2018 , que coloca em risco psicólogos (as) que questionem o discurso transgênero. A Resolução não é uma “posição oficial” dos profissionais da área, que nos enviaram uma carta aberta ao CFP; também recomendamos o artigo em que explicamos por que essa norma viola o direito à saúde dos pacientes.
Projeto de Lei Estadual Transcidadania Em andamento. Entre outras providências, obriga o Estado de São Paulo a oferecer hormônios artificiais gratuitamente dentro do “processo transexualizador” e não fixa idade mínima. O projeto contou com uma emenda para que seja estabelecida a idade mínima de 18 anos para os hormônios e 21 para as cirurgias irreversíveis. Nós redigimos um requerimento aos deputados e deputadas do Estado sobre o tema que você pode baixar aqui.
Decisão do STF que, de acordo com certas interpretações, criminalizou a homofobia e “transfobia” . Oferece riscos para a liberdade de expressão, religiosa, para os direitos do sexo feminino e para quem questiona as intervenções da medicina transgênera e a ideia de “identidade de gênero”, mas para muitos a decisão não faz sentido já que tribunais não podem criar crimes, que o Congresso não editou leis regulamentando o assunto (um dos projetos em curso é o PL 7582/2014) e que o Brasil se submete à CEDAW, tratado internacional que protege os direitos baseados no sexo de meninas e mulheres e aponta os riscos dos estereótipos de gênero, que são a base do discurso “trans”. Entenda mais os riscos nos vídeos que fizemos antes e depois da decisão.
Exemplo de Termo de Consentimento para Bloqueadores de Puberdade – cheque os efeitos colaterais e avalie se eles seriam mesmo “seguros e reversíveis”…
Aviso do FDA, a agência regulamentadora norte-americana para alimentos e remédios, sobre os riscos da testosterona (incluindo vício)
Artigos e textos não-acadêmicos
Além dos que publicamos em nosso blog, recomendamos os que se seguem:
Querer proteger a saúde da minha filha não me faz intolerante
Transgeneridade é um grande negócio
Quem são os homens brancos e ricos que institucionalizaram a ideologia transgênero?
Quando é que uma menina não é uma menina?
O que faz alguém ser trans “de verdade”?
Qual o problema de transexuais nos esportes femininos?
Por que as crianças trans na verdade desmascaram o argumento de nasci assim
Crianças transgênero: fomos longe demais?
Brincar de boneca: como isso educa para o cuidar?
Transgeneridade é um grande negócio travestido de movimento sobre direitos civis
O conceito de síndrome cultural ou síndrome ligada à cultura
Parem de usar pessoas intersexuais como peões políticos
Qual o problema com autoidentificação de gênero na lei?
Sexo e gênero – um guia para iniciantes
O conceito de “identidade de gênero” torna progressista derrubar os limites das mulheres
15 coisas que precisamos parar de ensinar aos meninos sobre sexo
Sobre sentir-se como uma mulher
As reflexões de uma mulher afro-americana sobre o movimento transgênero
Medicação para mudança de sexo pode trazer sérios riscos à saúde dos jovens
Por que identidade de gênero é um conceito antifeminista?
Chamando todos os “cérebros femininos”: parem com o neurossexismo
Por que você quer se parecer com um homem?
A libertação das mulheres é baseada no sexo e não no gênero
O que a polêmica envolvendo Rose McGowan nos diz sobre o transativismo?
O pacto entre os defensores dos direitos trans e o lobby do mercado do sexo
Por que o drag escapou às críticas feministas e LGBTQ?
Invisibilizar o sexo e universalizar o gênero=destruir o feminismo
Não existe discussão quando mulheres não podem falar
Influência da ideologia da “identidade de gênero” nas instituições médicas (escrito por uma médica que tem um ótimo perfil no Twitter).
Mulheres adultas contam o que os hormônios para bloquear a puberdade fizeram com elas
O site da clínica de “identidade de gênero” Mayo, uma das maiores dos Estados Unidos, lista os riscos do uso de testosterona em meninas e mulheres, que a instituição chama de “hormonioterapia”:
“Riscos
Converse com seu médico sobre as mudanças no seu corpo e outras preocupações que você tiver. Complicações da hormonioterapia masculinizadora incluem:
Produzir muitos glóbulos vermelhos (policitemia)
Aumento de peso
Acne
Desenvolver calvície no padrão masculino
Apneia do sono
Desenvolver um nível anormal de colesterol e outros lipídios, o que pode aumentar o risco cardiovascular (dislipidemia)
Pressão sanguínea alta (hipertensão)
Diabetes do tipo 2
Trombose venosa profunda e ou embolia pulmonar (tromboembolia venosa)
Infertilidade
Uma condição na qual o canal vaginal se torna mais seco e estreito (atrofia vaginal)
Dor pélvica
Desconforto no clitóris
Não há conclusões sobre se a hormonioterapia masculinizadora aumenta o risco de câncer de ovário e útero. Mais pesquisas são necessárias”. (Observação da No Corpo Certo: avise isso a mulheres a quem profissionais indicarem a retirada de útero para supostamente prevenir o câncer).
Vale se informar sobre o que aconteceu com as atletas da antiga Alemanha Oriental obrigadas pelas autoridades ao dopping com testosterona: “Hepatite, doenças do coração, tumores no fígado e câncer no fígado foram algumas das consequências. Mulheres que receberam injeções ou ingeriram testosterona sintética também tiverem efeitos colaterais como acne, vozes mais grossas, crescimento excessivo dos pelos das pernas e púbis e clitóris aumentados. Algumas atletas deram à luz crianças com pés deformados ou outros problemas”.
a)
b)
c)
d)
Sites, blogs, Medium…
Não existe criança trans e Hormônio Não é Brinquedo foram, provavelmente, os primeiros veículos destinados a questionar a invenção da “criança trans” no Brasil.
4th Wave Now – Nossa referência, fundado pela mãe de uma jovem que já se identificou como “homem trans”.
Transgender Trend – Outra referência nossa e conta com um ótimo guia para as escolas preocupadas com o risco das políticas de “identidade de gênero”.
Parents of ROGD – Você já ouviu falar da ROGD – Rapid Onset Gender Dysphoria? O termo foi cunhado pela psicóloga Lisa Littman e se refere a uma nova forma de “disforia de gênero” que afeta sobretudo adolescentes do sexo feminino e é fortemente influenciada por contágio social e internet. O “Parents of ROGD” (“Pais da ROGD”) é formado por e para mães e pais. Você pode ler a pesquisa da dra. Lisa Littman aqui.
Gender Identity Challenge – Site feito por mães e pais noruegueses que questionam a ideia de “identidade de gênero” e a medicalização precoce
Gender Dysphoria Working Group – Grupo especialmente para profissionais de saúde debaterem com liberdade sobre “disforia de gênero” a partir de pontos de vistas mais variados e cuidadosos.
Canadian Gender Report – Site feito por canadenses preocupados (as) com a medicalização de meninos e meninas fora dos estereótipos e a erosão dos direitos de meninas e mulheres.
Inspired Teen Therapy – Este é o site da Sasha Ayad, uma terapeuta muito especial. Você pode se cadastrar e receber os conteúdos dela gratuitamente no seu e-mail. Nós traduzimos uma entrevista com ela no nosso blog.
The Jung Soul – A dra. Lisa Marchiano tem um olhar diferenciado acerca do fenômeno trans. Você pode ler uma entrevista com ela traduzida aqui.
Dr. Kenneth Zucker – Site do maior especialista mundial em “disforia de gênero” em crianças e adolescentes.
Dr. Ray Blanchard – Veterano psicólogo, especialista em “transtornos de identidade de gênero” e que cunhou o termo “autoginefilia”
Gender Critical Dad – O blog do pai de uma jovem que se identifica como “homem trans”.
Our Duty (Nosso Dever)
Advocates Protecting Children (Ativistas pela Proteção da Infância)
Pique Resilience Project – Jovens que destransicionaram contando sua trajetória
Gender HQ – Site feito por integrantes da sigla “LGBT” críticos à medicalização de menores de idade.
Children of Transitioners – Site de filhos e filhas de pessoas que “transicionaram”
Lily Maynard – Mulher que alerta: a “transição” de menores é abuso infantil.
Jenn Smith – Homem que se autodeclara mulher mas critica as políticas “trans”
Jamie Shupe – O primeiro a ser legalmente declarado “não-binário” nos Estados Unidos voltou a se reconhecer como homem e critica o fenômeno transgênero
Radfem.Info – Como o transativismo silencia as mulheres .
Sem Camundongos – O sexo biológico é real?
WoLF – Women´s Liberation Front
Este é o nosso Facebook (nem sempre ativo). Também sugerimos:
Espa Love (este link está cheio de referências em inglês sobre a “mudança de gênero” de crianças e adolescentes)
Transgender Questions – Grupo público com perguntas e respostas honestas sobre o tema. Você pode enviar anonimamente suas dúvidas para as moderadoras e elas as postarão no grupo.
Transgenderism is misogyny and homophobia
This never happens – Grupo público de informação sobre crimes cometidos por nascidos homens que se autoidentificam como “transgêneros”
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Transativismo silencia mulheres
Documentário “The trans train”
Asking Questions About Gender and Some Other Stuff
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