Caro leitor ou leitora,

provavelmente você já ouviu falar que, nos últimos 10 anos, escolas brasileiras têm sido convidadas, ou até mesmo obrigadas, a ensinar “gênero”, “diversidade”, “identidade de gênero”, “direitos LGBTQP+” e outros termos bem vagos. Até mesmo, de maneira mais explícita, elas têm permitido a entrada de adultos que ensinam sobre a suposta existência de “crianças e adolescentes trans”, “travestilidade”, “transexualidade”, “transgeneridade”.

Se você pesquisou bem, viu uma grande coincidência: uma parte considerável dessas pessoas está, direta ou indiretamente, envolvida com exploração sexual. Alguns são indivíduos que prostituem outros indivíduos; outros, são políticos, militantes e acadêmicos que tentaram aprovar o projeto de lei Gabriela Leite de “trabalho sexual” e que falam em “trabalhadores e trabalhadoras do sexo”. Eu vou voltar nesse tema em outras oportunidades; por ora, gostaria de contar a vocês um incidente acontecido anos atrás.

Eu tenho quase certeza que foi no ano de 2016 que eu participei de um debate sobre prostituição na Universidade Federal do Rio de Janeiro; mais precisamente, na Faculdade Nacional de Direito – que foi filmado, aliás (1). Eu faria outras sobre o tema na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e na Fiocruz. A UFRJ tem professores e alunos abertamente pró-prostituição e o curso que fiz lá de Promotoras Legais Populares, anos atrás, escolheu uma mulher pró-prostituição para dar a aula sobre o tema. Sem contraponto.

Modéstia à parte, falar em público sobre a prostituição enquanto exploração foi um ato de extrema coragem minha e das mulheres que se uniram a mim. No Rio, a exploração sexual é uma instituição, legitimada, sutil ou abertamente, por partidos políticos que se autoidentificam como progressistas, acadêmicos, militantes e até feministas. E como o corpo jovem, depois do corpo infantil, é a carne mais nobre desse mercado, as universidades são um meio de certos professores e professoras cooptarem jovens mal saídos do Ensino Médio que prostituir-se seria um “trabalho como qualquer outro”.

Eu escolhi o lado das pessoas prostituídas, que quase sempre são mulheres, crianças e jovens gays pobres. Eu não escolhi o lado dos cafetões e “clientes”, como fazem tantos acadêmicos e militantes financiados por organizações internacionais que empurram essa agenda, como a Open Society Foundation, e que disseminam a ideia de – exemplo real – ser uma mulher prostituída seria como “ser modelo ou bailarina, pois todas elas usam o corpo”. Eu paguei um preço por isso e algumas pessoas da minha família (que sequer escolheram se engajar nesta luta), também.

Pois bem. Nesse dia, depois do debate, uma professora me abordou. Manifestou apoio e me relatou uma cena envolvendo ela, seus alunos e um conhecido travesti cafetão do Rio de Janeiro filiado a um desses partidos que posa de benfeitor das “pessoas trans” (não, os que falam em “trabalho sexual” nunca são “benfeitores” desses rapazes e homens, eles os exploram). Vou omitir alguns detalhes a fim de proteger a identidade e portanto a segurança dela; basicamente, o que aconteceu foi o seguinte.

Ele tinha dado uma palestra onde ela trabalhava; pelo que lembro a alunos do Ensino Médio. Provavelmente, anunciada aos pais com uma daquelas palavras que não querem dizer mais nada e portanto qualquer coisa pode ser dita e por qualquer pessoa em nome dela, como “diversidade”.  Na saída do evento, ele chamou a professora e disse, animado:

“A sua turma tem um enorme potencial ´trans´”!

Ela ficou em choque. Por que ele diria isso, se não havia ali nenhum aluno que se dissesse “trans” ou “travesti”? Havia apenas um ou dois rapazes que haviam se colocado, durante a palestra, como gays…

E então ela entendeu porque ele tinha ido àquela escola. O objetivo dele era aliciar rapazes para a prostituição. O que ele quis dizer com “potencial trans” era potencial para serem explorados sexualmente depois de travestidos. O que ele queria era “trans-formá-los” em uma paródia da mulheridade (“a travesti”) para que ele lucrasse. O homem ou menino que se traveste tem mais “valor de mercado”, porque fornece ao “cliente” a ilusão de “mulheridade”, a ilusão de que ele não seria gay e nem bissexual. Esse é um dos motivos pelos quais tantos homens adultos estão falando em “crianças travestis”, “meninas travestis”, “adolescentes travestis”.

Os cafetões conseguiram o que, há 10 anos atrás, era impensável: estar nas escolas, abrigos e outros locais em que crianças e adolescentes estão longe dos responsáveis. Basta dizerem alguma das palavras mágicas que cito neste texto. No caso das mulheres cafetinas, que em geral usam a nomenclatura “trabalhadoras do sexo”, elas se infiltraram se autodeclarando “putafeministas”, como se fossem uma “vertente do feminismo” e também foram acolhidas por partidos de esquerda, eventualmente participando de eventos com nomes conhecidos. Uma delas, uma famosa cafetina de Porto Alegre, já nos idos de 2013 aliciava garotas e jovens adultas em grupos de Facebook. Ninguém me contou; eu vi.

Eu sei que, a depender do colégio, pode ser muito difícil barrar um desses senhores e senhoras. Eles são protegidos e usa como escudo os partidos aos quais são filiados, ONGs “LGBT´s”, órgãos das prefeituras, Estados e Governos Federais. E não é só no Brasil que são protegidos; se você conhece o escândalo do Jeffrey Epstein, você sabe como essas coisas acontecem. E há sempre”peixes grandes” envolvidos.

Eu sei que qualquer questionamento ao transativismo é imediatamente rotulado de “transfobia”. Eu sei o quanto é difícil proteger meninos e meninas da exploração sexual.

O que te peço é: ao menos… tente. E envie este texto para todos aqueles que têm um filho ou filha na escola.