Olá, leitora, olá leitor… Espero que você esteja bem. 

Por aqui, bastante trabalho. Acho que maio foi o primeiro mês em que conseguimos publicar quatro textos no nosso blog (se você não os recebeu no seu e-mail, cheque a caixa de “Spam”, “Social” ou “Promoções”). Também iniciaremos, neste mês de junho, uma grande atualização no nosso site; você verá novidades sobretudo na seção Referências. Afinal, no ano passado e neste foram lançados diversos livros, artigos, sites e redes sociais no com um olhar crítico sobre a medicina de “gênero” e ou as políticas de “identidade de gênero”.

Informamos também que a nossa campanha foi citada numa matéria jornalística da Gazeta do Povo sobre clínicas que oferecem cirurgias de “nulificação” ou “anulação”, eufemismo para castração cirúrgica de seres humanos fisicamente saudáveis sem a construção de novos genitais, deixando a região íntima “nula”. Transformar homens em eunucos em pleno século 21 prova que este ramo da medicina já perdeu todo e qualquer limite ético; qualquer resquício mínimo de compaixão para com pessoas em situação de vulnerabilidade psíquica. Nossa fala:

“´A anulação é um eufemismo para a castração cirúrgica de pessoas saudáveis´, diz Eugênia Rodrigues, criadora da campanha No Corpo Certo – que alerta para os riscos da transição de gênero. ´A prática de tornar um homem eunuco é muito antiga na humanidade. Mas julgávamos que isso não aconteceria mais. Isso era visto como algo negativo, que não deveria ser feito a um ser humano´, diz Eugênia”.

Sei que muitos de vocês anseiam por artigos acadêmicos para se embasar melhor em suas discussões e, felizmente, temos vários na fila para serem adicionados na seção de Referências. No texto de hoje, antecipamos as conclusões de alguns, comentando-as, e convidamos você a repassar este material ao maior número de pessoas; quando mais compartilharmos, maior a chance de estas informações chegarem aos pacientes e seus familiares e os ajudarem a tomar decisões realmente informadas. Esperamos que eles se dêem conta que “tratamentos” baseados em negacionismo do sexo e em modificações corporais radicais prejudicam os pacientes a longo prazo e, em hipótese alguma, deveriam ser prescritos a crianças e adolescentes, como acontece no Brasil.

Finalmente, informamos que vários leitores denunciam que o Google não entrega os nossos materiais a quem pesquisa sobre o tema e que o Facebook, que já apagou a nossa página, está até mesmo censurando comentários que citem a No Corpo Certo:

É fundamental que a gente aprenda a pesquisar de verdade. Isso significa ir muito além do que a bilionária indústria  da “identidade de gênero” quer que a gente veja. 

Abraços e até a próxima.

Equipe No Corpo Certo

1. Dois estudos revelam que o uso de hormônios bloqueadores de puberdade altera negativamente as funções cerebrais e comportamentais de ovelhas e ratos, sobretudo das fêmeas

Desde o ano de 2013, com o aval do Conselho Federal de Medicina (Parecer nº 8/2013, confirmado pela Resolução nº 2265/19), médicos brasileiros estão impedindo crianças e adolescentes fisicamente saudáveis de crescer. Isso é feito com o uso de hormônios sintéticos que inibem a puberdade e os pais que levam seus filhos a ambulatórios de “identidade de gênero” talvez não saibam sobre os efeitos colaterais que essas substâncias têm.

Você leu certo: hormônios. A prática de chamá-los apenas de “bloqueadores” ou de “bloqueio puberal” sugere que ambulatórios estariam prescrevendo um remédio inofensivo, mas estamos falando de hormônios sintéticos pesados, cujos efeitos colaterais são sérios. Tanto que foram fabricados originalmente para tratar homens em estado avançado de câncer de próstata, uma doença que obviamente leva à morte; no caso destes adultos, certamente que os efeitos colaterais podem compensar. Os hormônios bloqueadores são chamados de “análogos da GnRH” (gonadotropina) porque, usando uma linguagem informal, são “imitadores” dessa substância, a qual é produzida naturalmente pelo corpo da criança quando ela entra na puberdade. E, “imitando-a”, ele consegue “se ligar” aos receptores dela e “enganar” o organismo, fazendo com que ele “acredite” que já produziu as modificações que deveria e portanto paralise o processo de amadurecimento, mantendo o menino ou menina com uma aparência infantilizada. As meninas não desenvolverão seios e não menstruarão; os meninos não terão barba nem voz grossa e terão seus pênis atrofiados. 

E então, será que procede a alegação de que “bloqueadores da puberdade são seguros e totalmente reversíveis”? O estudo Prepubertal gonadotropin-releasing hormone analog leads to exaggerated behavioral and emotional sex differences in sheep (“Análogos dos hormônios liberadores de gonadotropina pré-puberal levam a exageradas diferenças sexuais no comportamento e nas emoções das ovelhas”, de 2010, que você pode baixar aqui, revela o que acontece quando se impede a puberdade destes animais. O experimento tinha quatro grupos de ovelhas: machos e fêmeas tratados com os hormônios  e machos e fêmeas não-tratados. Observou-se suas reações, inclusive em relação à busca por alimento (“bolotas” e feno):

“Nós descobrimos que animais cuja puberdade é bloqueada apresentam maiores diferenciações sexuais em relação à regulação de emoções e comportamento do que seus pares não-tratados. Os machos tratados estavam mais propensos a se isolar de seus companheiros em comparação com o grupo de controle macho e com as fêmeas tratadas e não-tratadas. Eles estavam altamente motivados pela perspectiva de obter ´bolotas arriscadas´, conforme mostrado pelas altas correlações entre os escores FAT e as ´corridas por bolotas (…) Ao contrário dos machos tratados, as fêmeas tratadas tendiam a ficar no mesmo lugar, o mais perto possível das suas companheiras no cercado, e estavam muito menos inclinadas a se engajar em procurar comida. Se elas buscavam comida, era mais frequentemente a que estava à sua volta e o feno visível que em lugares mais distantes e bolotas fora do seu campo de visão. Este comportamento de evitação pode ser interpretado como controle emocional precário, levando a ansiedade mais alta na perspectiva de maior separação dos outros animais (…) Ainda que transferir diretamente os resultados de modelos animais para humanos seja questionável, o comportamento observado nestes animais pode ser resultado da influência de fenômenos similares no desenvolvimento cerebral. Portanto, nós temos a hipótese de que o tratamento com GnRHa pode impactar estes processos desenvolvimentais em jovens humanos também” (grifos nossos).

Um segundo estudo, publicado agora em 2021, se chama “Behavioral and neurobiological effects of GnRH agonist treatment in mice—potential implications for puberty suppression in transgender individuals” (“Efeitos comportamentais e neurobiológicos do tratamento com agonistas de GnRH em ratos – implicações potenciais da supressão da puberdade em indivíduos transgênero” – baixe aqui). O que estas substâncias fizeram?

“Nós descobrimos que o leuprolide aumenta a hiperlocomoção, muda a preferência social e aumenta as respostas neuroendócrinas ao estresse em ratos macho, enquanto o mesmo tratamento aumenta a hiponeofagia e os comportamentos de desespero nas fêmeas (…) Concluindo, nós informamos que o tratamento crônico com leuprolide em ratos teve profundos efeitos no comportamento das fêmeas que são normalmente interpretados como depressivos, bem como na atividade neural do hipocampo – uma região do cérebro que tem uma participação crucial no processamento do estresse, da depressão e da cognição. Ainda que estes efeitos relacionados ao humor sejam específico das fêmeas, o leuprolide causa diferenças pronunciadas na locomoção e nas preferências sociais nos machos e aumentou as respostas neuroendocrinológicas ao estresse médio” (grifos nossos).

“Aumentar a hiponeofagia” significa que os bloqueadores aumentaram a chance de as ratinhas se recusarem a buscar alimento.

2. Homens que passaram pela chamada “terapia hormonal” apresentaram maior risco de sofrer trombose, sobretudo quando tomaram esses hormônios na forma oral. Esta foi a conclusão do artigo “Venous Thrombosis and Changes of Hemostatic Variables during Cross-Sex Hormone Treatment in Transsexual People” (“Trombose venosa e mudanças nas variáveis homeostáticas durante a terapia hormonal cruzada em pessoas transexuais”), publicado em 2003, que você pode baixar aqui. Trecho: 

“A incidência de trombose venosa associada ao tratamento com estrogênio em transexuais de homens-para-mulher (H→M) é consideravelmente mais alta com a administração via oral de etinilestradiol (EE) do que com o 17-β-estradiol (E2) transdérmico (…) Em conclusão, nós mostramos que o tratamento de transexuais H→M com hormônios esteróides sexuais (CPA combinado com E2 ou EE) afeta o equilíbrio homeostático com uma diferença muito pronunciada nos efeitos do EE oral comparados com os efeitos por ambas as vias, transdérmica e oral, do E2. O EE oral induz a um estado pró-trombótico clinicamente relevante”.

3. Homens que passaram pelo “processo transexualizador” tiveram mortalidade 51% (!) maior do que o resto da população masculina

O estudo publicado pelo European Journal of Endocrinology em 2011 se chama “A long-term follow-up study of mortality in transsexuals receiving treatment with cross-sex hormones” (“Um estudo com follow-up de longo prazo sobre a mortalidade de transexuais recebendo tratamento com hormônios cruzados”; baixe aqui)O tempo médio de acompanhamento dos pacientes de um ambulatório de “gênero” universitário foi de 18,5 anos, que a princípio parece razoável; contudo, justamente por ser um tempo médio, permitiu que entrassem na pesquisa pacientes a quem os médicos hormonizavam há pouco tempo, como um ano apenas – período que pode ser insuficiente para que efeitos colaterais apareçam. Todos os pacientes tomavam hormônios sintéticos, inclusive os que passaram por cirurgias, ainda que em doses menores. Trechos:

“Resultados: no grupo MtF [ “male to female” ou “de homem para mulher” ], a mortalidade total foi 51% mais alta do que na população em geral, principalmente devido aos maiores índices de suicídio, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida [ AIDS ], doenças cardiovasculares, abuso do álcool e causas desconhecidas. Não foi observado aumento na mortalidade geral por câncer, mas as taxas de mortalidade por câncer no pulmão e hematológico foram elevadas. Atualmente, mas não antigamente, o uso de etinilestradiol é associado com um risco independente de três vezes mais mortes por acidente vascular cerebral. Em FtM´s [ “female to male” ou “de mulher para homem” ], a mortalidade total e a mortalidade por causas específicas não era significantemente diferente do resto da população em geral.

Conclusões: A maior mortalidade nos transexuais MtF tratados com hormônios foi devida principalmente a causas não relacionadas aos hormônios, mas o etinilestradiol pode aumentar o risco de mortes cardiovasculares. Em transexuais FtM, o uso de testosterona em doses usadas por homens com hipogonadismo parecia seguro” (grifos nossos).

Ou seja, os homens que “transicionam para mulheres” têm mais risco de morte cardiovascular e também de morrer por outros motivos, inclusive suicídio. Já em relação às mulheres que “transicionaram para homem”, este estudo em particular não encontrou diferenças significativas em relação às mulheres comuns… ao contrário do estudo seguinte.

4. Os chamados “hormônios cruzados”, sintéticos que conferem algumas características do sexo oposto (testosterona para meninas e mulheres, estrogênio para meninos e homens) estão relacionados à prevalência de câncer, diabetes e de outros problemas de saúde em ambos os sexos. 

Isto está num artigo publicado na American Cancer Society (Sociedade Americana do Câncer) chamado  “Transgender individuals’ cancer survivorship: Results of a cross-sectional study” (“Sobrevivência ao câncer em indivíduos transgênero: resultados de um estudo transversal”), publicado em 2020 e que você pode baixar aqui. Repare que este estudo, como outros mais recentes, já utiliza linguagem pseudocientífica e não científica, pois chama os pacientes homens de “mulheres trans” e pacientes mulheres de “homens trans” quando todos sabemos que seres humanos não podem mudar de sexo. O estudo também utiliza o termo pseudocientífico “cisgêneros” para rebatizar os outros “99%” da população mundial, à revelia desta. Feito este esclarecimento, informamos que a conclusão foi: 

“Depois de ajustes para confounders, homens trans tinham um número significativamente mais alto (>2x) de diagnósticos de câncer comparados com homens cisgênero, mas não comparados a mulheres cisgênero. A prevalência do câncer entre indivíduos em desconformidade de gênero e mulheres trans não tinha diferença significativa para homens cisgênero e mulheres cisgênero. Os sobreviventes em desconformidade de gênero tinham de maneira significativa mais inatividade física, uso excessivo de álcool e depressão comparados com homens cisgênero e mulheres cisgênero. Homens trans sobreviventes estavam bem mais propensos a informar tabagismo comparados com homens cisgênero e mulheres cisgênero. Mulheres trans sobreviventes tinham propensão significativa a informar diabetes comparada com homens cis e mulheres trans e tinham mais chance de informar doenças cardiovasculares comparadas com mulheres trans”.

Será que os pais que não apóiam a “transição” dos filhos são mesmo “transfóbicos” que precisam “ser educados” pelos profissionais da área de “saúde LGBTQIA+”?

5. Estudo revela os verdadeiros motivos pelos quais as pessoas destransicionam

Finalmente, chegamos ao item 5. Furando a forte censura que existe sobre o tema da destransição, um estudo com um número considerável de indivíduos – 237 – que voltaram a se reconhecer em seu sexo biológico foi publicado em 2021 e trouxe importantes revelações que contrariam falas públicas de certos médicos e ativistas. Ele pode ser lido aquibaixado aqui e se chama “Detransition-Related Needs and Support: A Cross-Sectional Online Survey” (“Necessidades e apoio relacionados à destransição: uma pesquisa transversal on-line”. Destaques:

> A maioria era formada de mulheres jovens, ocidentais, com alto índice de comorbidades e que “transicionaram” tanto socialmente quanto medicamente. A idade média em que os entrevistados começaram a “transição” foi 17,42 anos, o tempo médio em que ela durou foi 4 anos e a maioria voltou atrás antes mesmo de chegar aos mid-twenties (25 anos). Isso mostra que a empolgação demonstrada pela “transição” durante a infância, adolescência e o começo da vida adulta pode ser provisória e também que a idade mínima de 18 anos ainda é baixa, pois nessa idade também podemos tomar decisões impensadas e das quais podemos nos arrepender.

> Os principais motivos para elas tomarem essa decisão, ao contrário do que certos médicos e ativistas propagandeiam, não estavam ligados a uma suposta “transfobia” da sociedade e sim ao próprio “tratamento” que lhes foi oferecido. Conforme se vê do gráfico adiante, 70% deles se deram conta de que a disforia de gênero estava na verdade ligada a outras questões, 62% destransicionaram devido aos problemas de saúde gerados, 50% disseram que a transição não os ajudou a superar a disforia, 45% encontrararam outras formas de lidar com a disforia, 44% estavam infelizes com as mudanças sociais ocorridas, 43% mudaram suas visões políticas, 34% concluíram que a disforia havia desaparecido com o tempo, 30% resolveram as questões de saúde mental que tinham (comorbidades), 30% ficaram infelizes com as mudanças físicas e 12% destransicionaram devido a problemas financeiros. Apenas 13% citou “falta de apoio” e 10% “discriminação”. Finalmente, 14% citaram outros fatores como: “ausência ou desistência da disforia de gênero, medo das cirurgias, preocupações com a saúde mental relacionadas ao tratamento, mudança na identidade de gênero, falta de apoio médico, periculosidade de ser trans, aceitação da homossexualidade e da não-conformidade de gênero, percepção de que houve pressão para a transição do entorno social, medo das complicações das cirurgias, piora na disforia de gênero, descoberta do feminismo radical, mudança nas crenças religiosas, necessidade de reavaliar a decisão de transicionar e percepção da impossibilidade de se mudar de sexo”. 

O último motivo é curioso. Ora, não sabemos todos nós que seres humanos não podem mudar de sexo?

Ler que destransicionados citaram esse motivo mostra o quão grave é o uso de eufemismos como “mudança de gênero”, “afirmação de gênero”, “transgênero”, “transexual”, “transexualidade”, “processo transexualizador” e “transgenitalização”, bem como mantras do tipo “mulheres trans são mulheres”, “homens trans são homens”, pois sugerem que, em algum nível, o paciente pode se transformar em alguém do sexo oposto. Isso tem consequências graves para eles, sobretudo quando se começa a “transição” na infância e na adolescência, pois os meninos acreditam que estão sendo realmente transformados em meninas e vice-versa. Estes pacientes tenderão a supervalorizar os efeitos destes serviços (e a pagá-los, é claro, ou pressionar sua família, amigos ou o Estado a financiá-los). Modificações corporais são meramente estéticas e imaginamos o quanto deve ter sido desolador para os destransicionados, depois de os médicos terem alterado seus corpos (e embolsado seu dinheiro), se darem conta do óbvio fato de que jamais seriam “homens de verdade” ou “mulheres reais”. 

> O grupo apresentava comorbidades diagnosticadas como depressão (70%), ansiedade (63%) e transtorno pós-traumático (33%). Autistas estão sobrerepresentadas nessa população: 20%! 

> A maioria diz que não foi plenamente informada sobre os efeitos das modificações corporais sobre sua saúde. 45% diz que não foi informada corretamente, 33% diz que foi parcialmente informada, 5% não tinha certeza e 18% disse que se sentia propriamente informada.

> Há pouco apoio médico, terapêutico, jurídico e social para os destransicionados. As organizações “LGBT” e transativistas ofereceram mais ajuda para transicionar que para fazer o caminho de volta: conforme revela o gráfico adiante, enquanto que para “transicionar” 35% dos entrevistados teve ajuda da sigla “LGBT” e 17% dos grupos “T”, no momento de destransicionar a ajuda caiu para, respectivamente, 8% e 5%.  

A pesquisa sobre destransição confirma o que já dissemos inúmeras vezes: ao contrário do que médicos, psicólogos, organizações “LGBTQIA+”  e outros defensores das intervenções físicas propagandeiam, os profissionais não se debruçam adequadamente sobre todos os fatores que podem estar fazendo aquele indivíduo se sentir disassociado de seu corpo.

Para finalizar, algumas perguntas.

Será que se estes estudos constassem do site do Ministério da Saúde, do Conselho Federal de Medicina, do Conselho Federal de Psicologia e dos Estados que sediam ambulatórios de “identidade de gênero” os pais e pacientes se dirigiriam até esses locais?

Por que a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo se recusa a disponibilizar os termos de consentimento oferecidos aos pais e pacientes pelo Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual da USP, termos esses que foram solicitados oficialmente por um deputado em fevereiro deste ano?

Se os termos de consentimento estivessem disponíveis publicamente, se os pais e pacientes pudessem analisá-los com toda a calma antes de se dirigirem a esses ambulatórios… será eles iriam até lá?

Ou será que buscariam outros profissionais, que não trabalhassem dessa maneira com meninos, meninas, jovens e adultos em sofrimento psíquico com seus corpos?

Como podemos garantir que uma abordagem não-invasiva, independente e investigativa (e não simplesmente “afirmativa”) esteja disponível no SUS, em todo o território nacional, a fim de que todas as famílias (e não só as que podem pagar profissionais com consultórios particulares) tenham acesso a ela? Neste dia 4 de junho, Dia Mundial contra a Agressão Infantil, perguntamos: quando a sociedade reconhecerá que a “transição” de meninos e meninas é uma forma de violência contra as crianças e adolescentes, violência esta que inclusive – dadas as instituições envolvidas – pode ser considerada institucional?