(Fonte: perfil de Charlotte Kirby, no TikTok. #pratodosverem: foto da loja de departamentos Primark com pessoas circulando à esquerda. À direita, foto de uma jovem chorando. Ela é branca, de cabelos ruivos e usa uma camiseta preta).

(Notícia redigida por uma leitora que prefere não se identificar. Sugestão de leitura complementar).

 

A Primark é uma loja de departamentos da Europa, parecida com a Renner ou a C&A, que, como muitas, se rendeu à ideia mentirosa de que homens poderiam ser mulheres, mulheres poderiam virar homens e existiriam pessoas que nascem sem sexo (“não binárias”). Por essa razão, a Primark transformou os provadores de algumas de suas lojas em espaços mistos ou unissex, sob a justificativa de que seriam mais “inclusivos”.

Não demorou muito até que casos de assédio sexual dentro dos provadores (que já existiam, porque é comportamento típico de homens abusivos não respeitarem limites para acessar suas vítimas) começassem a crescer. O tema explodiu na internet recentemente quando uma jovem, Charlotte Kirby, denunciou que foi duas vezes no mesmo dia assediada por dois homens diferentes enquanto provava roupas na Primark. Charlotte gravou e postou no dia 23 de setembro um relato desesperado em seu Tik Tok, de partir o coração, e o vídeo viralizou, com mais de um milhão de visualizações; ele tem mais de 7 mil comentários e quase 200 mil likes, podendo ser assistido aqui. O post foi compartilhado com o seguinte aviso em inglês: “Por favor, tome cuidado/espalhe estas palavras e se mantenham em segurança, meninas. Não vá a provadores de loja sozinhas. Isso nunca havia passado pela minha cabeça quando eu fui para um provador unissex. Obrigada @primark por lidar com isso tão bem. Eu sei que coisas piores poderiam ter acontecido mas ainda me sinto muito mexida”

Como a reação negativa no Twitter afetou a postura de seus acionistas, a loja anunciou que irá rever os provadores mistos. Na nota, a Primark afirma que vai manter os provadores das mulheres separados numa outra seção, diferente da dos unissex, além de melhorar a qualidade das cortinas dos cubículos e treinar funcionários. Trecho: “Nós iremos assegurar que oferecemos uma área de provadores para as mulheres, assim como continuar a oferecer uma área de provadores que qualquer um possa usar”.

Boa notícia? Não sabemos. Afinal, a Primark ainda não respondeu qual o critério de definição de MULHER que ela usa. Se a marca entende que a autoidentificação é o suficiente para que um homem seja considerado mulher e portanto adentrar no provador feminino, a medida é irrelevante.

Fiquem atentas. Mulheres são as fêmeas adultas humanas, e nós temos direitos aos nossos espaços separados por sexo, e não pela percepção individual de cada um sobre si mesmo.